Depois de ter ouvido "não" do técnico do Corinthians em abril,
confederação agora quer primeiro definir situação de Dunga e Gilmar Rinaldi
antes de abordar sucessor
Por Martín Fernandez e Vicente SedaSão
Paulo e Rio
Tite é o plano A
para substituir Dunga após eliminação do Brasil na Copa América (Foto: Daniel
Augusto Jr/Ag. Corinthians)
Tite é o plano A da CBF caso Dungae Gilmar Rinaldi sejam
demitidos na terça-feira, quando chegam ao Brasil após eliminação na fase de
grupos da Copa América Centenário. E o Plano B? No momento, não há.
Como o GloboEsporte.com revelou nesta segunda, o presidente da
confederação, Marco Polo Del Nero, quer ter
uma reunião presencial com o técnico e o coordenador de seleções antes
de anunciar sua decisão. Dentro da CBF, não sobrou ninguém que defenda a
permanência da dupla.
Não é de hoje que o técnico do Corinthians é o preferido da cúpula da
entidade para substituir Dunga. Contatos foram feitos em 2015 e em 2016. Nas duas, Tite recusou o convite.
Um dos motivos alegados pelo treinador é que não conversaria com a CBF enquanto
houvesse um treinador empregado.
Desta vez, Del Nero adota outra estratégia, a de não comunicar
oficialmente qualquer decisão e não autorizar qualquer movimento nos bastidores
antes do encontro com Dunga e Gilmar Rinaldi na terça. A dupla embarca ainda
nesta segunda nos EUA rumo ao Brasil, chega a São Paulo na manhã de terça e em
seguida segue para o Rio para o encontro na sede da CBF.
A ausência de respaldo dentro da entidade leva a crer que a demissão de Dunga é inevitável, mas mesmo a pessoas próximas Del Nero se limita a dizer que está "refletindo". Há um consenso sobre o nome de Tite - "é o sonho", nas palavras de quem participa das tomadas de decisão da entidade - mas não há certeza de que desta vez aceitaria o emprego.
A ausência de respaldo dentro da entidade leva a crer que a demissão de Dunga é inevitável, mas mesmo a pessoas próximas Del Nero se limita a dizer que está "refletindo". Há um consenso sobre o nome de Tite - "é o sonho", nas palavras de quem participa das tomadas de decisão da entidade - mas não há certeza de que desta vez aceitaria o emprego.
Uma reportagem da TV Globo que foi ao ar nesta segunda informou que Tite tem duas exigências para
assumir a seleção: a primeira é que o cargo esteja disponível,
algo com que a CBF concorda. A outra é montar a comissão técnica, algo que
historicamente os técnicos da seleção já fazem.
Outro aspecto que parece consolidado dentro da CBF é que Dunga e Gilmar
serão avaliados em conjunto. Assim, é dada como "quase impossível" a
demissão de um e a permanência de outro. Ou ficam os dois, ou caem os
dois. O que está indefinido é quem vai comandar o Brasil na Olimpíada do
Rio.
A eliminação engrossou a lista de maus resultados colhidos por Dunga
desde que ele voltou ao banco de reservas da Seleção depois do Mundial de 2014:
queda nas quartas de final da Copa América de 2015 e o sexto lugar atual nas
eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018.
O Brasil deixou a Copa América com apenas quatro pontos em três jogos e
só fez gols no Haiti (vitória de 7 a 1 na segunda rodada). Na estreia, o time
de Dunga ficou no 0 a 0 com o Equador e depois perdeu para o Peru por 1 a 0 na
despedida. A Seleção não era eliminada na primeira fase da Copa América desde
1987.
Gilmar e Dunga
deixam o estádio após derrota para o Peru: dupla pode ser demitida (Foto:
Alexandre Lozetti)
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